domingo, 23 de setembro de 2018

Portel: Inaugurada a Cooperativa Marajó

Composição da Mesa:  fundadores e colaboradores
A inauguração da Cooperativa Marajó aconteceu no Auditório Manarijó no dia 22 de setembro e contou com a participação dos produtores do terceiro setor de Portel. Essa entidade, de cunho privado inicialmente pretendia reunir os produtores de açaí e demais setores produtores do município de Portel, mas seus idealizadores propuseram um alcance regional, ou seja, englobará os 16 municípios da Ilha do Marajó.
A reportagem falou com Arnaldo da Costa e Silva, fundador do Instituto Brasileiro do Açaí. É ele quem presta maiores esclarecimentos:
-Bom dia a todos, principalmente aos profissionais da educação. Estamos aqui para inaugurar a Cooperativa Marajó, que é uma ferramenta de desenvolvimento que todo município deveria ter, porque é criada para atender a necessidade do povo. Para que ela funcione, basta ter uma boa relação com a gestão municipal e com o empresariado local. Essa (falta de relação) é a grande dificuldade (da criação da cooperativa), porém no caso de Portel as coisas começam a andar mais fácil, porque existem recursos nas instituições financeiras que podem financiar quaisquer tipo de projetos, de qualquer tamanho pra qualquer município. Inclusive já tivemos a visita do SEBRAE, do Banco do Brasil, Banco da Amazônia em Belém, Caixa Econômica e hoje a gente pretende trazer esse grande projeto pra cá, que seria pra implantar uma indústria de mandioca e uma de açaí e alguns hectares de hortas orgânicas. Porque é chato trazer isso lá de fora pra cá. Não precisa. Aqui tem terra fértil, tem gente competente e, além do mais, tem um corpo técnico espetacular que foi descoberto agora durante o Fundo Amazônia. Um sucesso, o pessoal daqui, totalmente capacitado. Com um ano de Instituto Açaí vão todos virar Mestres, Doutores no assunto. Informal, no caso (risos). Mas poderão formalizar isso depois. E a gente aguarda todas as pessoas que queiram conhecer a Cooperativa lá na sede... antiga sede da AMAMP. Lá já temos escritório de projetos e já temos o escritório da própria Cooperativa. Estão todos convidados para conhecer lá.
A reportagem pediu que Arnaldo da Costa falasse um pouco sobre os próximos passos, tais como a vinda de agências financiadoras a Portel.
- Sim, nós vamos fazer outra reunião com produtores e com as instituições financeiras, Governo do Estado e Governo Federal. Todos eles vão estar aqui porque eles sabem do trabalho e conhecem o Instituto Açaí.
Também falei com a presidente da Cooperativa, Senhorita Joana Darc Melo, a qual aborda sobre as perspectivas advindas da fundação dessa tão sonhada cooperativa:
- A Cooperativa veio para o município para fortalecer a economia, tanto municipal quanto regional e, com o crescimento dela, favorecer a agricultura familiar portelense, para que os nossos produtos não caiam em mãos erradas ou outras pessoas que venham de foram se favoreçam com as riquezas que nós temos. Ela vai gerar economia tanto para os agricultores quanto para os lojistas, quanto para os grandes empresários. E que venha fomentar riqueza. 

O prefeito de Portel, Manoel de Oliveira dos Santos, afirmou que foi através do seu amigo Francisco de Melo (Cametá), que conheceu o senhor Arnaldo da Costa, que foi o primeiro passo para o início da cooperativa, citando nomes como Maria Miranda e Estanislau (Estandico) Monteiro como precursores da luta, mesmo com idade que possuem continuam empenhados. Estendeu o agradecimento às demais pessoas que contribuíram, às vezes deixando seus afazeres pessoais, como é o caso da professora Vânia Matos. Manoel Oliveira dos Santos disse que Portel é tão rica que pode produzir a maioria de seus alimentos, além de muita água, um dos melhores lugares do mundo. Lembrou de uma médica a serviço na Vila Iracema, a qual ficou encantada com a pureza do ar e a beleza da natureza, um vislumbre para uma pessoa que não conhecia a Amazônia. Com  a criação da Cooperativa Amazônia, disse o prefeito, todos tem a ganhar. 
A professora Vânia disse que desconhece a existência de outra cooperativa, exceto a da Amacol. Agora é a vez de valorizar os nossos produtos, especialmente na crise atual, em que devemos ser altamente sustentáveis: "

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