domingo, 8 de setembro de 2019

A volta dos grandes desfiles do 7 de Setembro

EMEF Marcionílio Vieira, acompanhada pela banda Independência de Portel
Até parecia que estávamos de volta aos anos de 1978. As lembranças vívidas de quem conviveu com a celebração da Independência do Brasil em Portel em tempos idos, para quem pode constatar a volta dos grandes desfiles, certamente se emocionou. A Prefeitura de Portel, através de sua Secretaria de Educação, promoveu, por meio das escolas da sede do município, o retorno de uma das maiores atrações anuais do povo estudantil portelense.

Alunos da Escola Lourdes Brasil
As crianças acordaram cedo, assim como seus pais também fizeram sua parte para que tudo desse certo. Estas, dormiram cedo, sonhando com o dia de participar do ato cívico esquecido nos porões das decisões governamentais por mais de uma década. As escolas, por sua vez, prepararam um lanche antes da saída para as ruas, que logo estavam coloridas com os uniformes das diversas escolas do município. Ônibus transportavam crianças de outras escolas. A cidade inteira voltava suas atenções para a Praça da Matriz, o palco de tão esperado momento que esperou 13 anos para que acontecesse novamente.


Criança exibindo talento com as cores da Nação
Como foi a primeira vez em mais de uma década em que os desfiles foram substituídos pela "Caminhada da Paz", as escolas não tiveram condição de se equipar com instrumentos musicais para o  grande encontro das bandas, que gerava um clima de disputa entre as escolas. Mas, espera-se, que nos próximos anos o 7 de Setembro seja comemorado à altura deste que mostrou sua volta triunfal, prestigiado pela sociedade portelense que lotou o espaço.

Palco bem ornamentado: professor JJ ressurge no Dia 7
Ali, ao registrar essa façanha da Secretaria de Educação, muitos puderam lembrar a voz poderosa de locutores que narraram os grandes desfiles, como o saudoso Leonardo, ou o mais marcante de todos: Leonardo Maciel e sua voz de general, que comandou, por décadas, os encontros de autoridades nos palanques e uma população respeitosa que assistia a aplaudir a escola de seus filhos, num tempo que não volta nunca mais, exceto novas ações que festejam tão importante data em que o Brasil se desvinculou de Portugual. Histórias dessa conquista também já foram narradas pela voz do também saudoso Orlando Pinto Monteiro. Para lembrar essas figuras, o Secretário de Educação Rosivaldo Paranhos pediu que convidassem o professor João de Jesus, o Jotajota, para também fechar os desfile, sendo ele o último dos remanescentes dos grandes desfiles.

Embora tenha havido atos que pretenderam acabar com os festejos, a Polícia Militar soube contornar a encenação de um grupo de palhaços que, sob um pretensioso protesto, poderia ter desmerecido os esforços das famílias que despenderam recursos para aquisição de indumentária, como sapatos, meias, luvas, uniformes, maquiagem para as meninas e outros esforços que são tão comuns nesse tipo de festividade.
O respeito, aliás, tem que ser alcançado na sua máxima plenitude, como bem falou o Secretário no momento da invasão do cenário pelos palhaços. A mesma polícia que manteve a ordem foi, minutos depois, aplaudida em peso pela população.

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